BRINCANDO COM OS DUENDES

  
"Este último poema é uma homenagem ao Reinaldo e seus amiguinhos Duendes que, para proteger Boracéia, lá foram morar! É verdade! Pode crer! Eu falei com eles!"
 

Cedinho, saí de casa

Me integrando à natureza,

Sentindo a terra nos pés,

Sorvendo toda a beleza.

 

O sol jogando seus raios

Nas folhas ainda molhadas,

Enfeitava a natureza

Com luzes e cores douradas.

 

No meio da grama verdinha

Brincavam, alegres, contentes,

Meia dúzia de gnomos

Com outros tantos duendes.

 

Sorriam, pulavam, cantavam,

Dançavam bailados de amantes,

Jogando pra cima, chutando,

Lindas bolinhas brilhantes.

 

Eram os mesmos duendes, por certo,

Que, naquela outra poesia,

Brincavam muito contentes

Nas areias do deserto!

 

Cansados daqueles ares,

Abandonaram a “Escultura”,

Atravessaram os mares

Em busca de outra aventura.

 

Ancoraram em Boracéia,

Procuraram logo um respaldo.

Lembraram , felizes, da casa

Do velho amigo Reinaldo!

 

É por isso que escolheram

Aqui para viver,

Onde tinham um protetor

E a floresta a proteger.


Chamei os duendes pertinho,
Perguntei-lhes, com carinho :
Vocês viram minhas Gotas de Orvalho
Correndo por estes caminhos ? 

Todos gritaram depressa: Vimos, sim!

Estão todas brincando contentes

Entre as flores do jardim!

 

Se querem ganhar um beijinho,

Saiam voando, gritando,

Tragam todas, direitinho,

Pra bem juntinho de mim!

 

Saíram correndo ao trabalho,

Cumpriram depressa a missão.

Trouxeram minhas Gotas de Orvalho

Me colocaram na mão!

 

Jamais as vira tão belas assim!

Deitei-as, uma a uma,

Numa linda concha branca

Forrada toda de cetim.

 

Não tendo onde guardá-las,

Guardei-as, com todo carinho,

Bem dentro do coração.

 

Agora, durmo tranqüilo.

Daqui, tenho certeza,

Nunca mais sairão !

 

 

Dias das Mães em Boraceia

(11/05/97)
 

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